O que estamos fazendo com o nosso tempo?
- brunagomesgarcia
- 3 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Tenho que trabalhar! Tenho que estudar! Não posso ficar sem fazer nada! Precisamos produzir! Precisamos fazer mais e mais rápido!
Se você nunca se viu em nenhuma dessas situações, certamente conhece alguém que vive em função da produtividade. Mas até que ponto produzir, e produzir aceleradamente é saudável para o corpo e para a mente? Quando se trata de produtividade é impossível não pensar no papel que a sociedade tem sobre essa crença que foi sendo construída de forma cada vez mais incisiva.

A partir de então, as relações humanas com o trabalho, com o dinheiro e com tudo o que advém deles vai se transformando. O trabalho, o ganhar dinheiro, o poder e o status passam a ser o cerne de muitas pessoas e famílias.
Há pressão para que se produza mais e cada vez mais rápido. Não se leva em consideração o ser humano único e singular que está por trás de cada atividade exigida. O que importa são os resultados positivos, independentemente do que foi preciso para chegar lá.
Outro ponto no qual pode-se pensar são as crenças que são transmitidas através das gerações dentro de uma família. O valor e a importância (ou o desvalor e a não importância) que se dá ao trabalho e ao dinheiro, por exemplo, podem ser questões que vem sendo carregadas desde muitas gerações atrás e, sem perceber, pode haver uma repetição dessas formas de vivenciar o ato de trabalhar.
É claro que é necessário trabalhar, é necessário estudar e ganhar dinheiro. E sim, uns tem que trabalhar mais que outros. Mas até que ponto fazer isso sem que isso comprometa a saúde física e mental?
É comum observar pessoas que "não tem tempo para nada", uma vez que estão sempre trabalhando, e com isso entenda-se, pessoas que não tem um tempo livre, que não conseguem um tempo de lazer, que não conseguem se cuidar (indo a consultas médicas por exemplo), pois "não há tempo", que não tem tempo para os filhos. E então, há uma enxurrada de quadros de cansaço, estresse, ansiedade, depressão também e, como consequência, há o excesso de prescrições medicamentosas para tentar conter esses sintomas, mas combater somente os sintomas não se mostra uma forma tão efetiva de enfrentar o problema.
E eis que surge uma grande e importante questão: O que estamos fazendo com o nosso tempo? De que forma estamos usando nosso tempo? Será que estamos tendo qualidade de tempo?
Dizem que o tempo é precioso, sendo assim, o que você tem feito para aproveitar a preciosidade do seu tempo?
Se você está sempre dizendo que não tem tempo para nada, que está sempre cansado ou estressado, talvez valha a pena rever suas prioridades e olhar um pouquinho para dentro de si mesmo.
Bruna Garcia
Psicóloga
CRP 06/114582
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