Criança precisa ser ouvida, sim!

Quando se fala em ouvir uma criança muita gente acha que é besteira, pois, “onde já se viu ouvir o que uma criança tem pra falar?”. Pois bem, uma criança é “gente como a gente” e tem todo o direito de falar e ser ouvida, o que muitas vezes é subestimado pelos adultos.

Ouvir a criança diz respeito a mostrar pra ela que ela importa, que ela é valorizada. A questão aqui não é se ela está certa ou não, mas que, seja lá o que ela tiver a dizer, terá alguém da confiança dela para ouvir. E isso é essencial para o seu desenvolvimento enquanto ser humano, para que tenha confiança em si mesma diante dos desafios que a vida impõe sem, necessariamente, depender de outra pessoa para tomar suas decisões.

Ouvir uma criança nem sempre significa simplesmente "ouvi-la" em sua fala. Muitas vezes é preciso estar atento ao que diz o seu corpo, o seu comportamento e às suas expressões, uma vez que a linguagem predominante na criança é mais corporal e lúdica do que verbal. Aqui, vale sempre o lembrete de que uma criança não é um adulto, portanto, não se portará como um, e se assim o fizer, é um sinal de que algo deve ser observado com mais cuidado.

Muitas vezes, ao olhar para o comportamento de uma criança, é interessante se questionar:

- O que ela diz com o seu comportamento?

- Seu comportamento mudou de repente ou muda em determinadas situações?

-Tem algo que você sente que está meio esquisito com a criança?

Em caso afirmativo, não hesite, dê importância ao que você percebe, e se for o caso, procure ajuda profissional.

A maior necessidade da criança é ser protegida, amada, cuidada, e cabe ao adulto essa responsabilidade. É a partir dessa relação com um vínculo saudável com a criança que ela se tornará um adulto independente, confiante, seguro e autônomo para seguir na vida. Dessa forma vale a reflexão: será que o ambiente em que a criança vive e as relações que ela tem lhe proporcionam tudo isso?