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O mundo não é uma bolha!

  • brunagomesgarcia
  • 19 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Quando chega um bebê dentro de uma família, é óbvio que o que mais se quer é proteger aquele ser que se mostra tão frágil e dependente. É dever dos pais cuidar e proteger seus filhos, o problema é quando isso se transforma em algo exagerado e vira uma SUPERproteção.


Mas afinal, por que a SUPERproteção não é saudável?


A partir do momento em que a superproteção entra em campo, o desenvolvimento da criança pode ser prejudicado, uma vez que os pais, na intenção de “preservar” seus filhos dos perigos ou das situações difíceis, passam a querer fazer tudo para eles. Com isso, a autonomia e a autoconfiança da criança não são bem desenvolvidas.


Em alguns casos, existe o desejo dos pais de que seus filhos tenham tudo o que quiserem, na hora que quiserem, como se não tivessem que passar por momentos de frustração, pois não querem ver os filhos sofrerem. E muitas vezes isso se dá em um contexto no qual os pais acreditam que devam dar aos filhos tudo aquilo o que eles próprios não tiveram.


Os pais superprotetores ficam inseguros e ansiosos em momentos nos quais não tem os olhos sobre a criança,como em um passeio de escola, ou quando ela vai à casa de algum amiguinho,quando tem medo de que algo ruim possa acontecer, e acabam vetando esse tipo de diversão.


Geralmente, quando os pais são superprotetores, outras áreas da vida podem ser afetadas, inclusive o relacionamento do casal, pois o foco central é a vida do filho.


Uma vez que a criança não aprendeu a fazer nada sozinha, a insegurança e a baixa autoestima podem surgir como consequências da superproteção, porque ela não acredita nas suas próprias capacidades, já que nunca teve a oportunidade de experimentar fazer algumas coisas por conta própria Além disso, pode ter grandes dificuldades em encarar os desafios e frustrações que surgirem em seu caminho.


Toda criança precisa e deve aprender a explorar o mundo, conhecê-lo, descobri-lo! E isso não significa que os pais devam “largar” seus filhos para que eles façam o que bem entenderem, mas estar de olho, observando sob a forma de zelo e cuidado.

Aos pais, cabe trabalhar em si mesmos dar a permissão para que suas crianças vivenciem experiências que somente elas terão e descobrirão ao ir de encontro com o mundo. Essas são aquelas experiências que as crianças só viverão na prática, e é por isso que é tão importante permitir com que elas vivam isso! É esse tipo de experiência que tão especial a vivência da criança ao invés de se ter tudo pronto ao alcance de suas mãos


Permitir não é deixar a criança abandonada, mas estar presente com muito amor e carinho, com muita atenção ao que a criança está fazendo, ao invés de impedi-la de fazer qualquer coisa. A proteção e o cuidado são essenciais, e todos os pais devem zelar por seus filhos, mas há de se ter o cuidado e atenção para não ultrapassar esses limites, caso contrário o mundo da criança se transformará em uma bolha.



Bruna Gomes Garcia

Psicóloga

CRP 06/114582

 
 
 

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